Biólogo Beto Albuquerque alerta para cuidados com cobras e animais peçonhentos em Ouro Fino
No Programa Espaço Livre desta segunda-feira, a repórter Gabrièlle de Faria conversou com o biólogo Beto Albuquerque, que trouxe orientações importantes sobre prevenção e manejo em casos de contato com cobras, escorpiões, aranhas e outros animais peçonhentos.
Com a chegada da primavera e proximidade do verão, os acidentes envolvendo animais peçonhentos tendem a aumentar. Segundo dados de 2023, foram registradas mais de 340 mil notificações no Brasil, sendo 32.514 causadas por serpentes.
Durante a entrevista, Beto destacou a importância de não matar esses animais, já que além de serem protegidos por lei, desempenham papel fundamental no equilíbrio ambiental, controlando pragas como ratos, baratas, caramujos e lesmas.
O biólogo orientou que, ao encontrar uma cobra ou outro animal peçonhento, a primeira atitude deve ser manter distância e avisar pessoas próximas, além de acionar a Defesa Civil de Ouro Fino pelo número 190 ou a equipe de endemias pelo 3441-8508, em casos de escorpiões.
“Nunca coloque a mão no animal. Mantenha distância, registre uma foto para identificação e acione os órgãos competentes. É essencial não tentar capturá-los, pois isso pode gerar acidentes”, alertou Beto.
Outro ponto destacado foi o aumento de acidentes com escorpiões, especialmente a espécie amarela (Tityus serrulatus), que consegue se reproduzir sem macho, o que potencializa sua proliferação em áreas urbanas.
Em casos de acidente, Ouro Fino é referência no atendimento, sendo um polo de soro antiveneno distribuído pelo SUS. O biólogo reforçou que não se deve realizar práticas populares como “chupar o veneno”, “fazer torniquete” ou aplicar remédios caseiros. O correto é apenas lavar o local da picada, mantê-lo elevado e procurar imediatamente o hospital.
Beto ainda alertou para os riscos de enxames de abelhas nesta época do ano e reforçou que esses animais também são protegidos por lei. Nessas situações, a orientação é não se aproximar e acionar equipes especializadas.
“A conscientização é fundamental. Esses animais não são inimigos, mas parte essencial da natureza. Com informação e cuidado, conseguimos evitar acidentes e preservar o equilíbrio ambiental”, concluiu.