Aparecido Nogueira de Sá destaca história e desafios da Congada de Ouro Fino
Em entrevista ao Espaço Livre, Cidinho falou sobre a trajetória centenária do grupo, os projetos de lei que reconhecem a Congada como patrimônio cultural e os planos para o tombamento e o Museu Afrodescendente.

O presidente da Congada Serena de São Benedito de Ouro Fino (MG), Aparecido Nogueira de Sá, conhecido como Cidinho, participou do programa Espaço Livre, da Rádio Difusora FM 94,1, em entrevista à repórter Gabrièlle de Faria. Durante a conversa, ele relembrou a história centenária da Congada, as dificuldades enfrentadas para manter viva a tradição e as recentes conquistas no reconhecimento cultural do grupo.
A Congada Serena de São Benedito, que também homenageia Nossa Senhora do Rosário, existe em Ouro Fino há mais de 100 anos e, desde 1997, possui registro formal como associação cultural, o que possibilitou a captação de recursos para seu crescimento e a construção da sede própria. Segundo Cidinho, atualmente o grupo conta com cerca de 20 integrantes e mantém a tradição com apresentações em datas especiais, como o 13 de maio e o Dia da Consciência Negra, além de participações em eventos regionais.
Entre as novidades, Cidinho celebrou a aprovação de dois projetos de lei, de autoria do vereador Paulo Henrique Chiste da Silva: o PL 3574/2025, que inclui as apresentações da Congada no calendário oficial de eventos do município, e o PL 3575/2025, que reconhece o grupo como de relevante interesse cultural afro-brasileiro. “Isso fortalece nossas raízes e abre portas para novas oportunidades, inclusive para buscar subvenções municipais”, destacou.
O presidente também falou sobre o andamento do Museu Afrodescendente de Ouro Fino, que está em fase final de organização. A expectativa é que seja inaugurado em breve, preservando documentos, objetos e registros históricos sobre a cultura afro-brasileira na cidade.
Cidinho aproveitou para reforçar o convite à população para conhecer a sede da Congada, localizada na Rua Manuel Pereira Guilhermes, nº 100, no bairro Nossa Senhora de Fátima, e acompanhar o trabalho do grupo pelas redes sociais. “A nossa missão é manter viva essa tradição que representa história, fé e resistência”, finalizou.