Sábado, 07 de Março de 2020 13:40
MUARES
SUA IMPORTÂNCIA NA HISTÓRIA
Você sabia que o Burro não pode ser pai e a Mula não pode ser mãe? Tirando raríssimas exceções eles não se reproduzem pois são filhos de espécies diferentes.
São raros os casos em que uma mula deu à luz.
Desde 1527 até os dias atuais, apenas 60 casos foram registrados.
No entanto, apesar de estéreis, todos esses animais são de grande importância rural graças à sua resistência e docilidade.
A esterilidade se explica devido ao fato de os cavalos possuírem número de cromossomos diferente dos jumentos.
Se você mistura um cavalo com uma égua nasce um potrinho, ou uma potrinha.
Quando você cruza um jumento com uma jumenta da espécie asininos, nasci um jumentinho o jumentinha.
O que acontece quando a o casamento dessas duas espécies, o asinino com eqüino? Aí é que nasce o burro ou a mula.
Pode ser cavalo com jumenta, mas o melhor resultado é sempre de jumento com éguas, por que a égua tem mais carne vai dar filhote maior.
E isso é feito desde tempos muito antigos.
É do latim que vem as palavras mulo, molar que com o uso perdeu o L ficando MUAR que serve tanto para nomear a mula como burro, como se refere a ambos é mais usada no plural MUARES.
O Brasil está em dívida com os Murais só o outro lugar que se lembra de homenagear os tropeiros.
A IMPORTANCIA DESSE ANIMAIS NA HISTORIA
Muares - animais de carga resistentes, inteligentes, de fácil manejo e vida longa
Esses animais foram usados desde tempos muito antigo, como meio de transporte, trasportando autoridades pessoas importantes!
Dentre elas a mais importante de todas, no lombo de um jumento Maria fugiu para o Egito levando no colo o salvador do mundo o menino Jesus.
A uma lenda que diz que a cruz que o jumento tem no lombo é marca do xixi do menino Jesus.
Também foi no lombo de um jumento que Jesus fez sua entrada triunfal em
Jeruzalém.
Ficando conhecido com domingo de ramos.
A CHEGADA DOS MUARES NO BRASIL
Segundo o professor e pesquisador : Ocilio Ferraz.
A criação de Muares no Brasil começou no comecinho do Século XVIII (17) nos anos 1.600.
Na América do Sul, na região dos pampas uma parceria muito original, entre jesuítas e guaranis formaram o maior centro de criatório de animais de tração, ou seja burros e mulas, que abasteciam a cordilheiras dos Andes e todo o nosso país.
Dos criatório gaúchos as tropas de Muares se espalharam por todo o Brasil.
A rota principal saia de Cruz Alta e vinha até Sorocaba SP que era o grande centro distribuidor, chegando a comercializar 60 mil animais por ano.
Pode se dizer que por quase 300 anos, entre 1.600 e 1.900 as mulas e burros dominavam a cena.
Como mostram as pinturas dos visitantes Europeus, que vinham documentar a vida no novo mundo.
Os muares, animais de grande importância na história do Brasil, nunca poderão ser esquecidos. Graças ao trabalho de burros e mulas, o Brasil cresceu, evoluiu e se desenvolveu. Sobre o lombo dos resistentes burros e mulas, foram transportados alimentos, mercadorias diversas e, até mesmo, armas e munições.
E não para por aí, os muares trabalharam arduamente no transporte das maiores riquezas do Brasil colonial que foram o ouro das minas, o açúcar dos engenhos e o café das fazendas.
No século xx (20) integraram a paisagem urbana.
O burro era que levava o pão o leite, cerveja.
O Burro puxava o bonde em São Paulo, e graças a força deles os bombeiros atendiam às emergências.
E até grandes emissoras de TVs e Rádios teve ajuda de tropas de burros, e época que a comunicação ai na não era feita por satélite, era no lombo de Burros e Mulas que eram levados os equipamentos de transmissão que era sempre montado no pico das montanhas.
E agora em pleno século XXl (21) não pense que as tropas de serviço pararam não, continuam muito mais presente no dia a dia do que o brasileiro que mora em cidade pensa!
São usados em olarias de tijolos, usinas de cana de açúcar, os muares são muito usados na produção de cacau, para a retirada eu Fruto das plantações, também são usados no transporte da folha da carnaúba, que usada na produção cosmético.
Na Amazônia a castanha do Pará sai da floresta no
Lombo de mulas.
Em terrenos incremides, ladeirosos, são usados para a retirada de madeiras e outros mantimentos.
EVOLUCÃO E MNELHORAMENTO GENETICO
Com o passar do anos, evoluiu-se também a concepção de uso da raça.
Atualmente, é notória a valorização dos muares e jumentos.
São inúmeras as utilidades desses animais, além de serem destaque em competições, cavalgadas, provas funcionais em feiras e em concursos.
Os Leilões, os cursos de doma racional, o preparo para as exposições, também contribuíram na valorização e na divulgação da raça.
Atualmente, o que se tem buscado nesses animais é uma maior docilidade, agilidade, delicadeza e comodidade.
Em um julgamento de marcha, por exemplo, são avaliados: comodidade para quem monta, movimentação de membros, estilo, diagrama de marcha (tempos de tríplices apoios no solo), estabilidade de corpo e regularidade durante todo concurso.
Todos estes quesitos são avaliados durante uma competição.
SUAS CARACTERÍSTICAS FISICAS
De uma maneira geral, os muares se parecem com os cavalos.
As orelhas são mais compridas, o que lhes dá maior percepção dos sons;
possuem a cabeça e as pernas do jumento;
diagrama corpóreo da égua;
narinas afiladas, canelas secas e cascos relativamente pequenos; crinas curtas e para cima, podendo, eventualmente, apresentá-las longas e caídas como os equinos;
peso variando entre 250 kg a 400 kg e altura entre 1,30m e 1,50m.
O rincho do jumento pode ser ouvido até 3 ou 4 km de distância.
Alimentação
Os muares consomem, para viver, em torno de 25% das necessidades calóricas de um cavalo, e menos água.
Sob trabalho pesado, os muares controlam seu suor mantendo estável sua temperatura interna. Tem capacidade de arrasto de até 50% do peso de seu próprio corpo, enquanto os equinos não ultrapassam 30%.
Manejo
Do ponto de vista veterinário, mulas e burros fazem a monotonia da vida prática destes profissionais, pois não requerem qualquer atenção significativa, além dos cuidados normais na propriedade (controle de vermes, carrapatos, higiene de estábulos, entre outros).
Desempenho
A dureza de seus cascos é comparável ao marfim e para trabalhos em terrenos planos não necessitam serem ferrados. Ao enfrentarem trilhas montanhosas, comportam-se como cabras, subindo passo a passo sem esgotarem seus dotes físicos e progredindo por horas a fio sem descanso.
Longevidade
Sua longevidade permite-lhes trabalhar por mais de 35 anos, não sendo surpresa alguns casos de muares estenderem suas vidas por até 47 anos.
São praticamente imunes a aguamentos, e apresentam reações de inteligência superiores aos seus primos, os cavalos. Um exemplo flagrante disto é o espírito aguçado de sobrevivência que se nota nestes animais.
Quando estão nos limites de resistência, simplesmente param ou deitam ao solo para descansarem, ao contrário dos equinos que andam até morrerem.