QUEM Ã? QUE NÃ?O QUÃ?, MULA , FAZENDA E MULHER
Brete da Emoção - História do Programa deste Sábado, dia 22 de Fevereiro de 2020
Comprei uma mula preta, pus o nome de chalana.
Por todos lugares que passei, ela deixou fama.
Quando entro no rodeio, pra fazer apresentação.
O povo fica babando, e o queixo cai no chão.
O povão fica em pé pra aplaudir, minha mula marchadeira.
Com essa minha mula, ando por esse Brasil.
Carregando a bandeira de nossa senhora, que tem o manto cor de anil.
Por causa da minha mula, sou conhecido Brasil inteiro.
Sou chamado as pressas pra fazer, abertura das festas de peão de boiadeiro.
Estava na minha casa, lá de Barretos recebi uma ligação.
Que era pra fazer abertura, da grande festa do peão.
Quando cheguei em Barretos, a festa já tinha começado.
Por causa de um imprevisto, eu cheguei atrasado.
Quando cheguei lá na festa, se contar ninguém calcula.
Deram uma parada no rodeio, sopra eu entrar com a minha mula.
O povão ficou em silencio, esperando a grande hora.
Olhando pra minha mula que não precisa de espora.
Quando entramos na arena, que já estávamos lá no meio.
Apagaram todas as luzes, que escureceu todo o rodeio.
Acenderam algumas velas, parecendo um velório.
Mas de repente tudo se iluminou, com clarões do foguetório.
Minha mula enjoada, pisava só de andadura.
Jogava areia pra traz, no rompão da ferradura.
Quando acabou a apresentação, dali eu já vim embora.
Pus a mula no caminhão, e sai estrada afora.
Na escuridão da estrada, percebi um carro atráz.
Me seguiu desde Barretos, até Minas Gerais.
Pensei que fosse um ladrão, parei num posto de gasolina.
Mas quando desceu do carro, era uma linda menina.
Já foi dizendo pra mim, segui você pela estrada.
Só pra te dizer agora, que quero ser sua namorada.
Gostei muito da mula, de você ainda mais.
Por isso quero você e a mula, na minha fazenda em Goiás.
Pra quem só tem a mula, eu topei essa parada.
Hoje tenho a mula a fazenda e uma mulher amada.
Autor: Ronaldo de Freitas.
