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Sábado, 01 de Fevereiro de 2020 13:20

A História do Monge no Poço

Brete da Emoção - História do Programa deste Sábado, dia 01 de Fevereiro de 2020

Um monge caminhava por uma estrada quando, surgiu um homem do meio do mato. Era um homem jovem alto e com olhos muito tristes.

 Assustado, o monge parou e perguntou se poderia fazer algo por ele. O homem abaixou os olhos e falou baixinho e envergonhado:

 – Sou um criminoso, um ladrão. Perdi o afeto de meus pais e dos meus amigos.

 Como quem afunda na lama, tenho praticado crime após crime. Tenho medo do futuro e não sinto sossego por nenhum instante.

 E, se ajoelhando, o homem pediu:

Será que o senhor, um monge, pode me livrar desse sofrimento, dessa angústia?

 O monge, que tinha ouvido tudo em silêncio, olhou nos olhos daquele homem e instantes depois disse:

 – Estou com muita sede. Há alguma fonte por aqui?

Surpreso coma pergunta do monge, o jovem respondeu:

 – Sim, há um poço logo ali, mas não tem como pegar a água.

 Mas tenho aqui uma corda que posso amarrar na sua cintura e descê-lo para dentro do poço.

 Assim o senhor poderá tomar água e matar sua sede. E, quando estiver satisfeito, me avise que eu o puxarei para cima.

 O monge sorrindo, aceitou a ideia e logo em seguida estava dentro do poço.

 Pouco depois, o monge gritou: “pode me puxar!

O homem deu um puxão na corda fazendo bastante força. Mas nada do monge subir.

 Era estranho, pois parecia que a corda estava mais pesada agora do que antes.

 Depois de várias tentativas frustradas para fazer com que o monge subisse, o homem esticou o pescoço pela borda do poço, e observou o escuro de dentro do poço para ver o que se passava lá no fundo.

 Qual não foi sua surpresa ao ver o monge firmemente agarrado a uma grande pedra que havia na lateral. Por um momento o jovem ficou mudo de espanto. Mas logo em seguida gritou zangado:

 – Hei, que é isso? O que o senhor está fazendo aí? Pare já com essa brincadeira boba! Está escurecendo, logo será noite. Vamos, largue essa pedra para que eu possa puxá-lo!

De dentro do poço o monge pediu calma ao rapaz, explicando:

 – Calma, você é grande e forte, mas mesmo com toda essa força não consegue me puxar se eu ficar assim agarrado a esta pedra.

 É exatamente isso que está acontecendo com você. Você se considera um criminoso, um ladrão, uma pessoa que não merece o amor e o afeto de ninguém.

 E se encontra firmemente agarrado a essas idéias. Desse jeito, mesmo que eu ou qualquer outra pessoa faça grande esforço para reerguê-lo, não vai adiantar nada.

 O monge concluiu:

Tudo depende de você. Somente você pode resolver se vai continuar agarrado ou se vai se soltar. Se quer realmente mudar, é necessário que se desprenda dessas idéias negativas que o vêm mantendo no fundo do poço. Desprenda-se e liberte-se!

 Que lições para a vida você pode tirar deste fato?

 Vivemos nesta vida agarrado às coisas pequenas, tem gente brigando por causa de dinheiro, carros, casas, ficando com o coração preso nas coisas que passam, que se acabam e que a gente não pode levar para a eternidade.

 O Papa Francisco disse certa vez que nunca viu um caminhão de mudança atrás de um enterro.

 Esquecemos que de fato somos filhos de Deus. Como diz o caminhoneiro: Eu não sou dono do mundo, mas sou filho do Dono. Ora, se somos herdeiros do céu; por que se apegar à Terra?

 De que vale a terra quando pensamos no céu? Não foi por pouco que Jesus aceitou descer do céu, nascer numa pobre manjedoura e morrer numa dolorosa cruz.

 

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