Rodeio No Céu
Brete da Emoção - História do Programa deste Sábado, dia 03 de Janeiro de 2020
Eu não sei se é uma miragem
Ou é aviso o que ando tendo
Talvez seja uma mensagem
O que vem me acontecendo
Esta noite eu fui dormir, já estava amanhecendo
Tive um sonho esquisito, parece que estava vendo
Tinha sido convidado para um rodeio lá no céu
Agradeci, disse que ia
Peguei o microfone e o chapéu
Mas quando entrei no carro, logo vi a diferença
No meu carro tinha asas, vejam só que desavença
E ele em autocomando, partiu dali em um segundo
Ao chegar lá no recinto
Vi que estava em outro mundo
Só que a companheirada, era um povo conhecido
Meus amigos de rodeio, gente que havia morrido
Apesar do grande susto, eu logo me ambientei
Dei um abraço em cada amigo, e com eles festejei
Nisto começou a abertura, tudo virou emoção
Orestes Ávila ao microfone, fazia uma declamação
Depois vinha Zé do prata e Fernando mourão
Um prestava homenagens, outro fazia oração
Haviam muitos tropeiros
Mas só alguns que eu conhecia
Chico piu, Mauricio Alves
Valtinho biazi e companhia
Gauchinho e Carlos binatti
Estavam com as caras pintadas
Vicente ramalho e belarmino
Madrinhavam as boiadas
Fernando nogueira de Marília
Era o empresário da festa
E organizando a prova do laço
De presidente prudente estava o testa
O Zé louco e João Luciano, estavam dando sedém
Zé Luiz de lima e o Floriano, os ajudavam também
Jair horliani e tonho do neno
Estavam de portereiros
E no fundo da querência
Tinha oitenta boiadeiros
Nisto um gritou meu nome
-Marco Brasil! Você não se lembra de mim?
Sou o kiko da Albertina
E logo dele me lembrei, e fiquei a imaginar
O que um menino tão novo
Fazia naquele lugar
Vi que a morte leva todos
Uns vão tarde, outros mais cedo
Mata os que tem coragem
E também os que tem medo
Nisto em uma barraca ao lado
Escutei umas cantorias
E lá estavam Artur Bernardes
Declamando poesias
Acompanhando com a viola
Só tinha gente famosa
Teddy Vieira, tião carreiro
Estavam afinando a voz
E num canto conversavam
Tonico e Paulinho queiróz
Olhando do lado achei muito esquesito
Ali estavam também João Paulo, Leandro e o Barrerito.
Chapéu quebrado na testa chegava pra festa era coisa de outro mundo
Juliano Cesar o nosso cowboy vagabundo
Com isso, meu povo
Acordei assustado e me lembrei do Faustão
Barraqueiro assassinado
Que morreu junto ao irmão
E eu fiquei desnorteado
Não consigo entender até agora
Porque quando acordei
Segurava um par de espora
Ao lado a imagem da Nossa Senhora
Poema - Marco Brasil