Salva-vidas se arriscam nas arenas para segurança dos peões
Conheça quem são os heróis que trabalham nas arenas
Quem acompanha as provas de montarias nos rodeios não faz ideia de quem são os salva-vidas que se aproximam do touro enfurecido, logo após o peão ir ao chão, porque foi derrubado ou por ter cumprido os oito segundos obrigatórios sobre o animal.
No Brasil, a presença destes heróis das arenas teve início na década de 1970, quando o peão Tião Procópio trouxe para o país a “corda americana”, modalidade usada na montaria em touros nos Estados Unidos.
A profissão ganhou reconhecimento no Brasil graças aos irmãos Antônio Carlos, o Django, e Deusecler Damasceno, o Meio-Quilo, da cidade de Pirapozinho (SP).
Aos 58 anos, 35 deles dedicados à atuação nas arenas, Django é pioneiro da função de salva-vidas no país
(o paulista morou nos Estados Unidos e lá aprendeu algumas técnicas para distrair o touro).
Talento que acompanhou o filho, Ramon, de 21 anos.
Ramon se orgulha da antiga profissão do pai (atualmente, Django é juiz de rodeio).
"Meu pai é o meu grande ídolo, foi o pioneiro. Desde pequeno eu convivia com o trabalho dele e sempre ficava encantado", disse à imprensa.
O jovem começou na profissão aos 12 anos atuando em categorias mirins.
Com a separação dos pais, quase abandonou a função a pedidos da mãe, que se preocupava com a segurança do filho.
"Eu entendia a preocupação dela, mas não quis parar, sempre gostei", explicou.
Ramon falou que nunca pensou em fazer outra coisa e que o trabalho pode deixar marcas inesquecíveis.
"Não temos troféus, mas temos algumas cicatrizes e machucados que nos fazem lembrar a vida de cada peão que salvamos"