A Parábola da Sogra Ruim

Brete da Emoção - História do programa deste sábado, dia 02 de Março de 2019.

Certa uma vez uma jovem, se casou e foi viver com o marido na casa da sogra.
Depois de algum tempo, começou a ver que não se adaptava à ela. O temperamento dela era muito diferente e se irritava constantemente com a mãe de seu marido.
Com o passar dos tempos, as coisas pioraram tanto, que viver com ela, se tornou insuportável.
No entanto, segundo as tradições antigas, a nora tinha que estar sempre a serviço da sogra e obedecer-la.
Mas a mulher, não suportando por mais tempo, a idéia de viver com ela e tomou a decisão de ir consultar um Mestre.
Depois de ouvir a jovem, o Mestre pegou num bom ramalhete de erva, para se usar por meses e disse-lhe:
“Para te livrares da tua sogra, não as deves usar de uma só vez, pois isto, poderia causar suspeitas. Vais misturá-las com a comida, pouco a pouco, dia após dia, e assim ela vai-se envenenando lentamente. Outra coisa, para que ninguém suspeite de ti quando ela morrer, tenha o cuidado de tratá-la sempre com muita amizade, respeito e carinho”.
A mulher respondeu:
“Obrigado, Mestre, farei tudo o que me recomendas”.
Ela ficou muito contente e voltou entusiasmada com o projeto de assassinar a sogra lentamente.
Durante várias semanas, serviu todos os dias, uma refeição preparada especialmente para a sogra.
E tinha sempre presente, a recomendação do Mestre, que para evitar suspeitas, deveria controlar seu temperamento e tratá-la com amizade, respeito e carinho.
Passados seis meses...
Aquela família, estava totalmente mudada.
A nora controlou totalmente o seu temperamento e não se aborrecia mais com a sogra. Havia meses que não mais discutia com ela.
A sogra se mostrava muitíssima amável e a tratava como fosse uma filha querida.
As atitudes da nora mudou tanto, que ambas pareciam ser mãe e filha.
Então, a nora foi correndo procurar o Mestre, para lhe pedir uma nova ajuda e disse-lhe:
“Mestre, por favor, ajude-me a evitar que o veneno venha a matar a minha sogra. É que ela mudou muito e se transformou numa mulher tão agradável, que parece ser minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que lhe dei.”
Mestre sorriu e abanou a cabeça:
Mulher, não te preocupes. A tua sogra não mudou. Quem mudou foste tu. A erva que te dei é apenas um chá. O veneno, estava nas tuas atitudes, mas foi sendo substituído pela prática do amor ao próximo que exercitastes no seu dia a dia de tolerância, compreensão e paciência”.