Juri condena Leandro Paulino Dorta a 24 anos de prisão por homicídio qualificado contra a própria mãe
Réu foi condenado pelo homicídio foi qualificado pelo meio cruel contra apropria mãe. Promotor se disse satisfeito com a sentença e advogado de defesa informou que irá recorrer.
Imagem: Luís Guilherme Burza
O Tribunal do Juri condenou Leandro Paulino Dorta a 24 anos de prisão por ter matado a própria mãe por abandono material. Os trabalhos começaram por volta das 9h, no Fórum de Ouro Fino e se encerraram às 15h40 com a leitura da sentença. A pena será cumprida inicialmente no regime fechado
Segundo a acusação, na madrugada do dia 02 de maio de 2022, a vítima morreu após passar ao menos um ano abandonada pelo réu, sem alimentos e cuidados, com a integridade e a saúde física e psíquica exposta a perigo e “submetida a condições desumanas e degradantes”. Inicialmente a então esposa do réu também foi denunciada, mas ela foi absolvida preliminarmente.
Os trabalhos do Tribunal do Juri começaram com o sorteio dos jurados. Em foram ouvidas as testemunhas. Depois o promotor de justiça Dr. Luis Augusto Belloti expôs aos jurados os motivos para a condenação do réu. Em seguida o advogado Dr. Sérgio Evangelista Pereira fez a defesa. Houve réplica e treplica.
Ao final os jurados se reuniram secretamente e responderam aos quesitos formulados pelo juiz presidente Dr. Roberto Troster Rodrigues Alves. Com base nas respostas deles o magistrado fixou a pena de 24 anos de detenção.
O promotor de justiça Dr. Luis Augusto Belloti explicou que pena elevada foi justa, já que o réu “submeteu a mãe, durante mais de um ano, a maus-tratos, a um sofrimento atroz”. Ele destacou ainda o fato de Leandro Paulino Dorta ser filho único da vítima.
Já o advogado Dr. Sérgio Evangelista Pereira disse que vai recorrer das qualificadoras que elevaram a pena imposta ao réu. Também disse que vai entrar com um habeas corpus para que Leandro responda aos recursos em liberdade.
Leandro Paulino Dorta, que respondeu o processo em liberdade, teve a prisão decretada pelo juiz Dr. Roberto Troster Rodrigues Alves logo após o julgamento pelo Tribunal do Juri, seguindo uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de agosto deste ano. Com isso ele foi encaminhado ao presídio de Pouso Alegre.