Tribunal do juri decide nesta quinta caso de filho que deixou a mãe com Alzheimer morrer por falta de cuidados
Segundo acusação, a vítima, de 71 anos, passou pelo menos um ano sem os devidos cuidados, o que causou a morte dela. Se condenado pelo homicídio qualificado, pena pode chegar a 30 anos de reclusão.

Imagem: Luís Guilherme Burza
Começou nesta quinta-feira (9), por volta das 9h, no Fórum de Ouro Fino, julgamento de L.P.D., pelo Tribunal do Juri. O réu é acusado de homicídio qualificado contra a própria mãe, uma idosa de 71 anos, portadora de Alzheimer, por abandono material.
Segundo a acusação, na madrugada do dia 02 de maio de 2022, a vítima morreu após passar ao menos um ano abandonada pelo réu, sem alimentos e cuidados, com a integridade e a saúde física e psíquica exposta a perigo e “submetida a condições desumanas e degradantes”. Inicialmente a então esposa do réu também foi denunciada, mas ela foi absolvida preliminarmente.
Os trabalhos do júri se iniciam com o sorteio dos jurados. Em seguida, acontece a exposição de provas, tanto materiais como testemunhais. Depois, a acusação e defesa tem uma hora e meia cada para convencer os jurados. Poderá haver réplica e tréplica e, nesse caso, o tempo para ambas as partes é de uma hora. Por fim, os jurados se reúnem secretamente para decidirem o destino do réu
Eles respondem uma série de quesitos formulados pelo juiz e, com base nessas respostas, determinam L.P.D., será absolvido, condenado por homicídio qualificado ou por outro crime. Em caso de condenação, as respostas dos jurados também determinarão a o tempo que o réu ficará preso. A pena para o homicídio qualificado varia de 12 a 30 anos.