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Quinta-feira, 02 de Outubro de 2025 11:18

Prefeitura de Monte Sião é vítima de suposto ataque cibernético e tem prejuízo em torno de 5 milhões subtraidos de suas contas bancárias

Criminosos invadiram o sistema da Prefeitura de Monte Sião, e realizaram transferências de forma ilegal dos cofres públicos. Prefeito Juninho Zucato (União) confirmou, em vídeo publicado na tarde desta quarta-feira (02), que o valor subiu para mais de R$ 5 milhões em prejuízos.

Imagem Monte Sião

Em Monte Sião, a Prefeitura foi vítima de um suposto ataque cibernético na segunda-feira (29). Criminosos invadiram o sistema do Executivo e realizaram transferências de forma ilegal dos cofres públicos.

O prejuízo, segundo comunicado da Polícia Militar de Minas Gerais, feito à imprensa, era de aproximadamente R$ 3 milhões. Porém, prefeito Juninho Zucato (União) confirmou, em vídeo publicado na tarde desta quarta-feira (02), que o valor subiu para mais de R$ 5 milhões em prejuízos.

De acordo com o apurado pela Polícia Militar de Minas Gerais, uma pessoa se passando por funcionário de banco entrou em contato com o setor financeiro da Prefeitura. Essa pessoa disse que estaria realizando a migração de números de contas para contas jurídicas e precisava de ajuda.

O criminoso citou ao funcionário público que para realizar as alterações, seria necessário o número de algumas chaves de segurança.

Foi aí que o funcionário da Prefeitura, não desconfiando do golpe teria repassado as chaves.

Ao fim do expediente, a Prefeitura detectou transferências irregulares das contas bancárias de vários departamentos, totalizando no numero inicial divulgado pela PM, o prejuízo de R$ 3 milhões.

Em seguida procurou a agência bancária responsável pelas contas e a polícia.

Em nota divulgada nas redes sociais, a Prefeitura disse tomou todas as medidas de segurança quando soube do ocorrido. Foi realizado o bloqueio de contas comprometidas, alteração de senhas de acesso, substituição de discos rígidos de computadores e demais protocolos de proteção dos sistemas municipais. Além disso, o Executivo disse que instaurou procedimento administrativo de sindicância para apurar condutas e responsabilidades, e que fez contato com a Caixa Econômica Federal para contestação administrativa das transferências e recuperação dos valores.

A administração citou ainda que, na terça-feira (30), um dia após o crime uma equipe da Advocacia Geral do Município e da Secretaria de Finanças, junto do prefeito Juninho Zucato estiveram na sede da Polícia Federal para contribuir com, as investigações.

 

 

Ainda sobre o assunto ataques cirbenéticos, em Agosto deste ano, após ataques cibernéticos em contas de prefeituras mineiras também envolvendo a Caixa Econômica Federal, quando ocorreram desvios de recursos públicos, o vice-presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) Lucas Vieira Lopes, reuniu-se na sede da entidade com prefeitos que foram afetados pelas invasões e representantes da Caixa, em Belo Horizonte.

O objetivo foi discutir alternativas de ressarcimento administrativo e, assim, evitar mais prejuízos às administrações municipais e à população.

Em Minas Gerais já ocorreram casos em Carmópolis de Minas com mais de R$ 2 milhões saqueados, Serro (R$ 1.300 milhão), Ribeirão Vermelho (R$ 617 mil) e Presidente Juscelino (R$ 441 mil).

Na reunião os prefeitos destacaram a responsabilidade da instituição bancária, na guarda dos recursos municipais. Em resposta, o representante da Caixa explicou que a unidade local não tem competência para decidir sobre ressarcimentos administrativos, que geralmente seguem trâmites judiciais.

O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão, enviou ofício ao presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, solicitando audiência para discutir acordo de ressarcimento em decorrência de ataques cibernéticos a contas de municípios mineiros.

A audiência solicitada ocorreu em meados de setembro deste ano.

Um dado surpreendente é que foram desviados de cinco prefeituras de pequenos municípios mineiros, a quantia de R$ 5,8 milhões dos cofres públicos devido a ataques cibernéticos, pouco mais da totalidade subtraída da nesta semana da Prefeitura de Monte Sião.

Conforme a Associação Mineira dos Municípios (AMM), que intermedia as negociações estão entre as vítimas dos ataques de hackers prefeituras de pequeno porte, que contam basicamente com transferências da União e repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para gerenciar cidades com população entre 3.000 e 21 mil habitantes.

A maioria dos ataques às contas dos municípios, todas vinculadas à Caixa, ocorreram entre 2024 e 2025. Ainda de acordo com a AMM, além de aceitar negociar o ressarcimento às prefeituras, a Caixa ainda deve oferecer cursos de capacitação para servidores, a fim de minimizar o risco de novas invasões cibernéticas aos cofres municipais

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