Sambista Arlindo Cruz morre aos 66 anos no Rio de Janeiro
O cantor, compositor e multi-instrumentista era autor de mais de 700 músicas. E ele fez parte do grupo Fundo de Quintal além de fazer parcerias com Jorge Aragão, Beth Carvalho, Almir Guineto, Zeca Pagodinho e Sombrinha.

Imagens: Arquivo Pessoal
Arlindo Cruz morreu no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (8), aos 66 anos. Desde março de 2017, o cantor e compositor lidava com as sequelas de um acidente vascular cerebral hemorrágico. O Brasil se despede de um de seus maiores talentos musicais: multi-instrumentista, compositor e ícone do samba.
Em comunicado publicado nas redes sociais, a família informou a morte e agradeceu as mensagens de amor, apoio e carinho que receberam nos últimos anos, e em especial agora na hora da partida. "Arlindo parte deixando um legado imenso para a cultura brasileira e um exemplo de força, humildade e paixão pela arte. Que sua música continue ecoando e inspirando as próximas gerações, como sempre foi seu desejo", diz a nota. Arlindo deixa a esposa, Bárbara, e os filhos Arlindinho e Flora.
Nascido em 14 de setembro de 1956, em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, Arlindo Domingos da Cruz Filho cresceu embalado pelo batuque das rodas de samba. Aos 7 anos de idade, ganhou seu primeiro cavaquinho. Ainda muito jovem, começou a trabalhar como músico, ao lado de grandes artistas, como Candeia. Ele era autor de mais de 700 músicas
Mais tarde foi para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, mas sem jamais abandonar a música. Em participação no programa Sem Censura, da TV Brasil, ele contou da herança musical que recebeu dentro de casa, por influência do seu pai Arlindão Cruz, que tocava cavaquinho, e a mãe Aracy, que tocava bateria e cantava.
Quando deixou a Aeronáutica, Arlindo Cruz passou a frequentar as rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de Jorge Aragão, Beth Carvalho, Almir Guineto, Zeca Pagodinho e Sombrinha, que viria a ser seu grande parceiro. Ali, recebeu o convite para participar do grupo Fundo de Quintal.