Secretaria de Educação de Minas Gerais divulga nota sobre transformação de escolas estaduais em escolas cívico-militar
Superintendência de Ensino de Pouso Alegre tem 14 escolas estaduais indicadas para o programa de Escola cívico-militar.Em Ouro Fino, as escolas estaduais Coronel Paiva e Juvenal Brandão vão realizar assembléias com a comunidade escolar para deliberar sobre a proposta e somente após isso deverão se pronunciar sobre o assunto.

Imagem Agencia Minas
Mais de uma dezena de escolas vinculadas a Superintendência de Ensino de Pouso Alegre estão na pré-seleção do governo de Minas para adoção do modelo cívico-militar. A SRE de Pouso Alegre tem 14 escolas estaduais indicadas para o programa de Escola cívico-militar. A superintendência informou por meio de texto nesta terça-feira (08), que a comunidade escolar será convidada, até o dia 18 de julho para participar de uma assembléia, onde poderá votar e escolher pela adesão ao programa que visa apoio disciplinar, acolhimento aos estudantes e o desenvolvimento de ações de civismo.
A Secretaria de Estado informou à imprensa que cada escola realizará uma assembleia com gestores, estudantes, professores, servidores e famílias para que todos possam formalmente manifestar seu interesse em participar do modelo. Segundo ainda a pasta, a implantação não ocorrerá necessariamente em todas as unidades com manifestação favorável e que isso depende da análise em andamento, sem citar quais critérios serão avaliados. O modelo não altera a estrutura pedagógica, curricular, de pessoal ou de gestão das escolas.
Segundo o governo de Minas, desde 2020, escolas da rede estadual que adotaram o modelo cívico-militar têm apresentado resultados positivos em indicadores educacionais e recuo na evasão escolar. Nove escolas já participam do programa no estado.
Em Ouro Fino, as escolas estaduais Coronel Paiva e Juvenal Brandão vão realizar assembléias com a comunidade escolar para deliberar sobre a proposta e somente após isso deverão se pronunciar sobre o assunto.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais manifestou-se fortemente contrário ao programa do Governo de Minas. Por meio de nota, o sindicato afirmou que a “iniciativa tenta substituir projetos pedagógicos e a autonomia das comunidades escolares por uma lógica hierárquica e autoritária, baseada numa presença ostensiva de militares que pouco dialoga com as reais necessidades de alunos, famílias e profissionais de educação”.