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Sexta-feira, 04 de Julho de 2025 18:04

Escolas Estaduais podem se tornar em Colégios Cívico-Militares

De acordo com a Secretaria de Educação, as direções têm até o dia 18 de julho para manifestar o interesse em se transformar em uma escola cívico-militar.

Nesta semana circulou a informação que o governo do Estado de Minas quer transformar mais de 700 colégios estaduais em escolas cívico-militares. 

A Secretaria Estadual de Educação enviou um ofício para a direção das escolas contendo um material para que as direções manifestem interesse em adotar o modelo de escola cívico-militar. 

O documento cita que o Programa das Escolas Cívico-Militares em Minas Gerais tem se mostrado uma iniciativa promissora para a promoção de um ambiente escolar mais seguro, organizado e acolhedor, integrando valores cívicos e disciplinares ao projeto pedagógico das escolas.

Neste ofício, a Secretaria determina ainda que os colégios têm que convocar uma assembléia com a comunidade para decidir se haverá o aceite na implantação da escola cívico-militar. 

De acordo com a Secretaria de Educação, as direções têm até o dia 18 de julho para manifestar o interesse em se transformar em uma escola cívico-militar. 

Na última terça-feira (01), o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE) determinou a proibição de novas adesões de escolas ao Programa Mãos Dadas, em que o Governo de Minas transfere para as Prefeituras gestões de escolas estaduais.

A decisão veio após uma representação da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), que questionou o Programa, principalmente, no que diz respeito à qualidade do ensino ofertado às crianças e adolescentes. 

Até a proibição de novas adesões, 163 municípios tinham aderido ao Programa Mãos Dadas. 

Em nossa região, entre as escolas que poderiam aderir ao modelo apresentado pelo Estado estão unidades educacionais localizadas em Itajubá, Poços de Caldas, Andradas, Pouso Alegre, Cambuí, Santa Rita do Sapucaí, Extrema, Camanducaia, Varginha e Ouro Fino com a proposta de transformação das escolas estaduais Coronel Paiva e Professor Juvenal Brandão.

Em Minas Gerais sindicatos que representam a classe dos servidores da educação já se manifestam contrários a proposta do governo de Minas. São esperadas mobilizações para sensibilizar, principalmente, a população atendida pela rede estadual de ensino.

A contratação de policiais ou militares aposentados, sem formação pedagógica adequada e com remuneração superior à dos educadores, desvia recursos e responsabilidades que deveriam ser destinados à contratação de professores, pedagogos e demais servidores concursados alertam os sindicatos.

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