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Domingo, 29 de Junho de 2025 14:00

Lewandowski pune dois PRFs que atuavam em Minas Gerais e foram condenados por receber propinas

Prisão dos agentes aconteceu em 2017, durante a Operação Domiciano, comandada pela Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Imagem: Lula Marques/Agência Brasil

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski demitiu e cassou a aposentadoria de dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), condenados por receber propina de motoristas pelo período de 10 anos.

Identificados como Sílvio César Vasconcelos Brígido e José Roque da Silva Filho, os dois policiais rodoviários federais foram presos em 2017, durante a Operação Domiciano, comandada pela Corregedoria da PRF, mas que contou com apoio da Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF).

As investigações se deram a partir de denúncias contra 15 policiais que atuavam em Minas Gerais. O esquema funcionava mediante cobrança de suborno a motoristas de caminhões, carros de passeios e ônibus que passavam pelas rodovias federais do Triângulo Mineiro. O esquema permitia que esses veículos fossem liberados sem aplicação de multa ou realização de fiscalização.

De acordo com a apuração, além do suborno, os agentes recebiam ainda uma “comissão” de empresários que atuavam com seguros, guincho e pátios, priorizados na indicação de recolhimento em casos de apreensão, acidentes e outras ocorrências. Alguns servidores também realizavam testes de bafômetro em si mesmos para atingir metas estabelecidas pela PRF.

Segundo o Ministério Público Federal: “A prática de corrupção era tão sistemática e disseminada que cerca de 1/4 do efetivo total da unidade acabou sendo objeto de ampla e sigilosa investigação no primeiro semestre de 2017”.

O grupo era acusado pelos crimes de inserção de dados falsos em sistema de informações, concussão, corrupção passiva, corrupção ativa, prevaricação e violação de sigilo funcional.

Em 2019, Sílvio César Vasconcelos Brígido, demitido por Lewandowski, foi condenado a 18 anos de prisão por três crimes de corrupção. José Roque da Silva Filho, que teve a aposentadoria cassada, recebeu pena de 5 anos e 4 meses de reclusão.

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