PORTAL DA DIFUSORA
Segunda, 05 de Maio de 2025 12:14

Semana será marcada no Vaticano pelo início da escolha do novo Papa

Enquanto aguardamos a abertura do Conclave, todas as atenções na Itália e no mundo estão voltadas para quem será o novo Papa

Imagem reprodução vaticano

Nesta semana as atenções do mundo estão voltadas para o Vaticano, onde o conclave se reunirá para a escolha do novo papa por meio de eleição.

A partir do dia 7 de maio, 133 cardeais com menos de 80 anos de idade irão se reunir em uma votação secreta para escolher o novo líder da Igreja Católica.

Sobre esse assunto contamos com uma participação internacional de um novo colaborador do jornalismo da Rádio Difusora FM 94.1, e chefe da Seção Internacional Associação Europeia de Rádio e Televisão, o jornalista Rainero Schembri.

"Enquanto aguardamos a abertura do Conclave, todas as atenções na Itália e no mundo estão voltadas para quem será o novo Papa. Enquanto isso, milhares de pessoas lotam a Basílica de São Pedro 2, nome dado à Basílica de Santa Maria Maggiore, onde está localizado de forma muito simples o túmulo de Francisco, o papa argentino. Um detalhe: esse arranjo não poderia deixar de criar um sério problema de trânsito em Roma: a basílica está, de fato, localizada a poucos passos da estação central de trem. 

No entanto, voltando à eleição do novo Papa, podemos nos aventurar a dizer que as pessoas comuns não parecem se importar muito com quem será o próximo Papa. A veneração a Francisco, de fato, ainda domina inteiramente as consciências.

Segundo a grande imprensa italiana, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, está entre os favoritos. Outro nome que circula muito é o do cardeal, também italiano, Matteo Zuppi. E aqui podemos fazer mais uma observação: sabe-se que muitos italianos não esperam que um italiano seja eleito porque se lembram de que, no passado, cada vez que havia um Papa italiano, através do partido Democrata Cristão, o Vaticano tinha um impacto profundo na política italiana. Dito isto, também é verdade que esse partido não existe mais.

Mas o que preferem os poderosos da Terra? parece que tanto o presidente americano Trump quanto o presidente russo Putin, e não poderia ser diferentemente,  têm uma predileção por os cardeais ultraconservadores como o americano Leo Burke, o cardeal guineense Robert Sarah ou o húngaro Peter Erdo.  Para o presidente francês Emmanuel Macron, o candidato ideal é naturalmente seu compatriota Jean-Marc Aveline. Em vez disso, para o presidente chinês Xi Jinping, o filipino Luis Tagle seria excelente. No outro campo, entre os progressistas, o nome ideal parece ser o de Mario Grech, de Malta.

Naturalmente, os líderes dos principais países latino-americanos não se manifestaram. Javier Milei, presidente da Argentina, certamente não consegue imaginar ter outro papa argentino. Quanto ao presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva, vale lembrar que quando Bergoglio visitou o Brasil um jornalista lhe perguntou: Mas quando teremos também um Papa brasileiro? Bergoglio, com seu senso de humor clássico, respondeu: "Mas vocês no Brasil sempre dizem que Deus é brasileiro. Como podem aspirar a ter um Papa brasileiro também?" Talvez para empatar o placar entre a Argentina e o Brasil, quando perguntaram ao Papa na televisão italiana sobre quem é o melhor jogador do mundo entre os argentinos Maradona e Messi, ele respondeu: “Eh senhores, não esqueçamos que também o grande Pelé”.

Concluindo, talvez a “verdade real” seja aquela que começou a circular há séculos no antigo bairro de Trastevere, em Roma: ou seja, que geralmente quem entra no Conclave como Papa e quase sempre sai como cardeal."

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