Secretaria de Saúde de Minas alerta para risco de acidentes com animais peçonhentos nesta época do ano

É esperado para o segundo semestre deste ano o aumento das temperaturas com a transição entre inverno, primavera e verão. Nesta época aumenta também o risco de acidentes com animais peçonhentos. Em todo o país, 47% dos acidentes envolvem escorpiões, 18,2% aranhas e 17,5% estão relacionados a serpentes.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, em levantamento referente a 2022 informa que a média anual era de aproximadamente 50 mil notificações.

A boa notícia para Minas Gerais nesta semana é que a partir de outubro a Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, volta a produzir soros para tratar venenos de cobras e escorpiões.  A fabricação dos antídotos havia sido paralisada em 2017.

Em Ouro Fino, o biólogo Beto Albuquerque que coordena o projeto “Andarilhos Cobras do Bem” comenta sobre a retomada de produção de soro pela Fundação Ezequiel Dias e traz algumas orientações à população em caso de encontro desses animais. 

"O Instituto Ezequiel Dias é um importante centro de produção desses anti venenos, remédios para animais peçonhento, hoje aqui em Ouro Fino o que que a gente tem de animal peçonhento? A gente tem as aranhas, os escorpiões e as cobras e o Instituto Ezequiel Dias trabalha produzindo o remédio para picada desses animais, para o acidente desses animais.

Ouro Fino é abençoada porque no hospital de Ouro Fino a gente tem a disponibilidade desses remédios, mas não são todos os hospitais que têm a disponibilidade desse remédio para a população, importante conscientizar a população, que no encontro desses animais acionar a defesa civil para fazer a coleta destes animais e o envio para instituição responsável, no caso nosso, é o Instituto Ezequiel Dias em Belo Horizonte, então a pessoa a hora que encontra uma cobra muitas vezes ela acaba matando esses animais e é importante essa cobra no meio ambiente, porque a partir do veneno dela que vai fazer o remédio para picada, lá no instituto Ezequiel Dias, então essa conscientização da população é muito importante sobre esse fato, e o Instituto Ezequiel Dias não parou, ele está retomando o processo de fabricação e toda logística de recebimento desses animais.

Importante conscientizar então as pessoas, quando encontrar o animal peçonhento, já aciona o setor de epidemiologia da prefeitura, aciona a Defesa Civil, a gente tem na cidade o projeto Andarilhos, Cobras do Bem, que dá oapoio na identificação e na contenção desses animais."

De acordo com informações do setor de Endemias de Ouro Fino não existe um banco de dados com o número de notificações porque o município não possui um Centro de Zoonoses, então, não há um serviço oficial de captura de animais peçonhentos.

O Serviço de Combate às Endemias faz apenas a captura de escorpiões com agendamento e os espécimes são enviados para Pouso Alegre.

Já quanto a serpentes não há um serviço municipal de captura, então, normalmente a população aciona a Defesa Civil ou o biólogo Beto Albuquerque.