Pessoas são resgatadas pelo Ministério do Trabalho em condições parecidas com escravidão em lavoura de café

Em Campestre um grupo de trabalhadores em situação parecida com escravidão, foi descoberto em fazenda de café onde cinco pessoas faziam a colheita em condições inadequadas. Elas foram resgatadas por auditores fiscais da Gerência Regional do Trabalho de Poços de Caldas, numa ação que contou com participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com o apurado pelo MT, os trabalhadores são do norte do Estado de Minas Gerais e atuavam há mais de um mês na região na colheita do café. Eles se deslocaram para a zona rural de Campestre em transporte clandestino atendendo solicitação do empregador. Os auditores fiscais apuraram que os trabalhadores estavam todos alojados em uma casa que não possuía armários e os colchões e roupas de camas estavam em péssimas condições.

Nas frentes de colheita, não havia nenhum tipo de estrutura para o trabalho, tais como sanitários ou locais para refeição. Não foram oferecidos os EPIs, nem mesmo as ferramentas necessárias para a colheita como as derriçadeiras. Os próprios trabalhadores compraram esses itens.

O empregador foi notificado pela Auditoria Fiscal do Trabalho para regularizar os vínculos trabalhistas dos cinco resgatados, com admissão e imediata interrupção do contrato de trabalho.

Denúncias de trabalho em desacordo com a legislação ou parecido com regime escravo podem ser feitas de forma anônima no endereço: ipe.sit.trabalho.gov.br.