PORTAL DA DIFUSORA
Quinta, 26 de Janeiro de 2023 11:54

Desastre de brumadinho que vitimou 272 pessoas em Minas completa 4 anos

A Polícia Civil indiciou 16 pessoas físicas pelos crimes de homicídio qualificado, crime contra a fauna, crime contra a flora e crime de poluição.

Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (25), Minas Gerais lembrou a tragédia de Brumadinho que completa 4 anos.

Durante homenagens prestadas pelos bombeiros às famílias das vítimas, a corporação reforçou o compromisso de continuar o trabalho, até que todas as jóias, pessoas, sejam encontradas, sendo que três seguem desaparecidas. O desastre tirou a vida de 272 pessoas, por conta do rompimento da barragem do Córrego do Feijão.

Na sexta-feira (20), representantes das famílias foram recebidos pelo governador Romeu Zema na Cidade Administrativa.

O Estado vai construir um monumento às vítimas do rompimento da barragem da Vale, em frente ao Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

A Polícia Civil de Minas Gerais também faz parte do esforço coordenado para as ações em Brumadinho, tanto na solução das causas do rompimento, identificação das vítimas e responsabilização pelo fato. Até o momento, 267 já foram identificadas. 

De acordo com a Agência Minas, com a conclusão do inquérito policial, a cargo do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente em 20 de janeiro de 2020, a Polícia Civil indiciou 16 pessoas físicas pelos crimes de homicídio qualificado, crime contra a fauna, crime contra a flora e crime de poluição. Além disso, duas pessoas jurídicas foram indiciadas por crime contra a fauna, crime contra a flora e crime de poluição.

Mas o que podemos levar de lição dessa tragédia e o caminhos traçados a partir do ocorrido que chocou o Minas, o país e o mundo?

Os comentários são do nosso colaborador, professor e sociólogo Isaias Pascoal:

" Há quatro anos ocorria a tragédia de Brumadinho, quando a mina do córrego do feijão, de propriedade da Vale, rompeu e soterrou casas, propriedades diversas, poluiu rios e matou 270 pessoas. A tragédia chocou o Brasil e o mundo, as imagens até hoje impressionam, como explicar tamanha tragédia, ocorrida alguns anos após outra tragédia, em Mariana, com o rompimento da represa de rejeitos da Samarco? As explicações foram encontradas, não há uma causa única, vão desde a forma técnica ultrapassada de construção das barragens à imprevidência no monitoramento das condições do seu funcionamento, ao pouco caso das direções dessas empresas em mudar a construção das barragens e ao efetivo monitoramento até a ganância das empresas que para minimizar custos jogam com a sorte.

Feitas as apurações os responsaveis foram denunciados judicialmente, famílias foram indenizadas; cidades receberam ajuda financeira; planos de construção de barragens, seguindo técnicas mais apropriadas, foram elaborados; o monitoramento foi levado mais a sério e um programa de reforço das barragens mais antigas foi construído, a imagem da vale,  uma das maiores empresas de mineração do mundo foi avariada, nesses últimos anos ela teve que se esforçar muito para recuperá-lo.

Não é possível chegar a segurança total, mas dá para minimizar riscos, foram necessárias duas tragédias impressionantes para que houvesse um conjunto de ações mais apropriado, não dá para acabar com a mineração, alguns estados tem parte desta renda oriundas deste tipo de atividades, Minas gerais é o melhor exemplo disto, mas não pode ser feito como antigamente responsabilidade social e ambiental é inegociável, as atividades econômicas são fundamentais para prosperidadedos paises, mas isso não pode ser feito as custas do sofrimento de quem quer que seja"

Desenvolvido por: PontoCOM Desenvolvimento