"Setembro Amarelo "alerta para a prevenção ao suicídio
Falar sobre o problema e buscar ajuda é o melhor caminho
Com iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina é realizada pelo oitavo ano consecutivo, a campanha do Setembro Amarelo com o tema "Agir salvavidas".
De acordo com a ABP, a ação que foi implementada no Brasil em 2014, tem como principal objetivo diminuir índices de suicídio.
A iniciativa se estende por todo o mês, tendo como data principal, o dia 10 de setembro - Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio-.
No Brasil, os casos passam de 13 mil por ano, podendo ser bem maiores em decorrência das subnotificações. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo. Já ao que se refere às tentativas, uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos. Em termos de numéricos, calcula-se que aproximadamente, um milhão de casos de óbitos por suicídio são registrados por ano em todo o mundo.
Durante o mês de setembro, a ABP prepara diversas ações de conscientização sobre o tema, dentre elas estão; eventos online, iluminação de espaços públicos e monumentos com a cor da ação (amarela) e campanha nas redes sociais.
Em Ouro Fino, a data foi marcada com a iluminação da estátua do “Boi Sem Coração”. Através do SUS e da prefeitura é oferecido atendimento no Ambulatório de Saúde Mental, instalado na Avenida Delfim Moreira.
A responsável pelo setor, a psicóloga clínica e psicoterapeuta Marlene Lasmar Ribeiro Vilela alerta que O suicídio é a terceira causa de morte entre jovens no Brasil, por isso, é importante falar sobre o assunto. Segundo Marlene Lasmar, existem muitos mitos sobre o suicídio que precisam ser derrubados, por exemplo, quando a pessoa que fala em se matar não se mata, na verdade essa pessoa está pedindo socorro, é um grito de dor, um grito de desespero e ela precisa ser ouvida, e encaminhada para um profissional de saúde. Cabe a esse profissional de saúde, acolher, orientar para o devido tratamento.
Autoridades de saúde consideram o suicídio uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens.
Números apontam que 90% dos casos de suicídio são decorrentes ou de transtornos mentais, depressão, bipolaridade ou de abuso de substâncias.
A psicóloga Marlene Lasmar explica ainda que a pessoa no ato de dor e desespero pensa em suicídio. Essa pessoa precisa ser acolhida nesse sofrimento e respeitada. O melhor caminho é falar sobre o que está sentindo e buscar ajuda.