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Quarta, 11 de Outubro de 2023 20:00

Eclipse Anular do Sol de 14 de outubro de 2023

Eclipse Anular do Sol de 14 de outubro de 2023

 

Orlando Rodrigues Ferreira (MTB 86.736/SP)


Em 14 de outubro de 2023, sábado, ocorrerá um Eclipse Solar Anular [Figura 1] numa extensa faixa de 13.800 km por 209 km de largura, iniciando no oceano Pacífico ao oeste dos Estados Unidos da América (EUA), passando pelas Américas do Norte (EUA e México), Central (Belize, Guatemala, Honduras e Nicarágua) e do Sul (Colômbia e Brasil), terminando no oceano Atlântico ao leste do Nordeste brasileiro. [Figura 2]. O tempo do percurso do eclipse nessa extensão será de 03h34min, com a velocidade média 3.870 km/h. Regiões além da faixa ao norte e ao sul serão contempladas com um eclipse parcial do Sol [Figura 2], variando o percentual do disco solar encoberto pela Lua. No Brasil, o eclipse será em anularidade nos Estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba [Figura 3].

             Figura 1 – Sequência de um eclipse solar anular. Fonte: Kazuhiro Nogi/AFP/CP/Getty Images.

Figura 2 – Trajeto do Eclipse Anular do Sol de 14 de outubro de 2023, desde o oceano Pacífico até o oceano Atlântico, passando pelas Américas do Norte,Central e do Sul, com anularidade numa faixa de 13.800 km de extensão e com 209 km de largura. FonteGreat American Eclipse, LLC, Used Permission; ©2019 Michael Zeiler, computations by Xavier Jubier; predictions by Fred Spenak.




 Figura 3 - Trajeto do Eclipse Solar Anular na América do Sul. Fonte: Great American Eclipse, LLC, Used with Permission; ©2019 Michael Zeiler, computations by Xavier Jubier; predictions by Fred Spenak.

Circunstâncias do Eclipse do Sol no Brasil em anularidade e em parcialidade (Ouro Fino/MG, Amparo/SP e Penápolis/SP)

 No Brasil, o eclipse solar será anular para os Estados já citados das regiões Norte e Nordeste e parcial às demais localidades do país, por exemplo, como Ouro Fino/MG (41,16%), Campinas/SP (39,14%), Amparo/SP (39,56%) e Penápolis/SP (43,73%) [Figuras 4, 5, 6 e 7], onde nasceu o autor. O percentual máximo do Sol encoberto em parcialidade dependerá das latitudes, por exemplo, conforme as circunstâncias apresentadas na Tabela 1 às capitais estaduais.


 

 

 

Tabela 1: Ciscunstâncias do eclipse solar de 14 de outubro de 2023 às capitais estaduais, também para Ouro Fino/MG, Campinas/SP, Amparo/SP e Penápolis. *Observação: Em alguns Estados em que nas capitais ocorrerão eclipses parciais, terão anularidades noutras localidades do mesmo Estado, por exemplo, como em Tefé/AM (anular, 90,15%), Juazeiro do Norte/CE (anular, 88,73%), Balsas/MA (anular, 89,10%), São Félix do Xingu/PA (anular, 89,43%) e Araguaina/TO (anular, 89,22%).

Município

Eclipse Solar

% máximo

Início

Máximo

Final

Amparo/SP

parcial

39,56%

15h39

16h49

17h51

Aracaju/SE

parcial

78,66%

15h32

16h48

17h54

Belém/PA*

parcial

76,76%

15h04

16h32

17h47

Belo Horizonte/MG

parcial

48,95%

15h37

16h49

17h53

Boa Vista/RR

parcial

71,99%

13h28

15h08

16h34

Brasília/DF

parcial

63,10%

15h25

16h45

17h54

Campinas/SP

parcial

39,16%

15h39

16h48

17h50

Campo Grande/MS

parcial

45,84%

14h25

15h43

16h51

Cuiabá/MT

parcial

61,62%

14h12

15h38

16h52

Curitiba/PR

parcial

31,06%

15h42

16h48

17h47

Florianópolis/SC

parcial

24,63%

15h47

16h48

17h44

Fortaleza/CE*

parcial

83,65%

15h23

16h42

17h50

Goiania/GO

parcial

59,90%

15h25

16h45

17h54

João Pessoa/PB

anular

88,50%

15h30

16h46

17h52

Macapá/AP

parcial

73,02%

14h56

16h27

17h44

Maceió/AL

parcial

82,59%

15h32

16h48

17h53

Manaus/AM*

parcial

88,32%

13h40

15h19

16h43

Natal/RN

anular

88,07%

15h29

16h44

17h51

Ouro Fino/MG

parcial,

41,16%

15h39

16h49

17h52

Palmas/TO*

parcial

82,31

15h16

16h41

17h54

Penápolis/SP

parcial

43,73%

15h33

16h47

17h52

Porto Alegre/RS

parcial

17,06%

15h46

16h44

17h39

Porto Velho/RO

parcial

78,61%

13h43

15h21

16h45

Recife/PE

parcial

87,19%

15h31

16h47

17h52

Rio Branco/AC

parcial

70,22%

12h39

14h17

15h43

Rio de Janeiro/RJ

parcial

36,81%

15h43

16h50

17h51

Salvador/BA

parcial

71,93%

15h33

16h48

17h54

São Luis/MA*

parcial

79,50%

15h13

16h37

17h49

São Paulo/SP

parcial

37,09%

15h40

16h49

17h50

Teresina/PI

parcial

87,38%

15h18

16h41

17h51

Vitória/ES

parcial

47,18%

15h41

16h50

17h52

Fontes: Time and Date, www.timeanddate.com/eclipse/solar/2023-october-14, podendo no sítio-e se consultar demais locais do Brasil e exterior abarcados pelo eclipse solar; Stellarium 23.1; elaboração: O. R. Ferreira, out. 2023.

 
                                                                         Cuidados para observação do Sol

A observação do Sol ou de um eclipse solar, seja com a utilização de equipamentos ópticos adequados ou à vista desarmada usando filtros apropriados, requer bastante cuidados, caso contrário, o observador correrá o risco de adquirir glaucoma, catarata ou cegueira devido à elevada luminosidade e demais radiações oriundas do astro-rei.
Em quaisquer circunstâncias as pessoas não devem improvisar para observar o Sol. Por isso, se destacando alguns procedimentos que não devem ser utilizados, independente de afirmações em contrário:

ü  Bacia com água para reflexão do Sol;

ü  CDs, DVDs, disquetes ou similares;

ü Chapas de raios-X (radiografias), mesmo sobrepostas em várias camadas;

ü  Embalagens PET;

ü Filtros solares que acompanham telescópios amadores de péssimas qualidades, pois podem romper com a incidência do calor;

ü  Garrafas ou potes coloridos (cerveja, refrigerante, etc.);

ü  Insulfilm ou similares;

ü Lentes de aumento (lupas) ou instrumentos ópticos apontados diretamente para o Sol sem os filtros adequados;

ü Adaptações de filtros inapropriados em telescópios, binóculos, etc.;

ü  Óculos de Sol, quaisquer que sejam;

ü  Óculos fotocromáticos;

ü  Papel alumínio ou pacotes aluminizados de salgadinhos;

ü Celofane ou plástico colorido, mesmo sobrepostos em várias camadas;

ü Películas de filmes preto & branco ou colorido, mesmo sobrepostos em várias camadas;

ü  Vidro esfumaçado;

ü  Outras diversas gambiarras.

 

Por conseguinte, reiterando, não devem ser realizadas quaisquer adaptações para a observação direta ou instrumental do Sol. O ideal e correto é a utilização de filtros que bloqueiam 99,999% da radiação solar e que devem ser instalados em equipamentos apropriados, também a utilização de telescópios especiais para observação do Sol em Hidrogênio Alpha (H-Alpha) [Figura 8]. Na dúvida, por menor que esta possa ser, os interessados devem sempre consultar um profissional da astronomia ou alguma instituição astronômica para as maiores e melhores orientações, recomendando-se o Polo Astronômico de Amparo (www.poloastronomicoamparo.com.br), que inclusive possui esses filtros em seus telescópios e também um telescópio solar em H-Alpha.

 Figura 8 – Filtros adequados às observações solares e que retêm 99,999% da radiação do Sol, devendo ser instalados em telescópios apropriados, também telescópio especialmente fabricado para observação do Sol em Hidrogênio Alpha (H-Alpha). Fonte: Google imagens, uso livre.

 Como sugestões, utilizar sistema de Câmera escura, também conhecida como Câmera Pinhole (do inglês Pin-Hole = Buraco de Alfinete), método artesanal para se observar por projeção o Sol e um eclipse solar utilizando uma caixa de papelão ou até de sapato [Figura 9]; usar óculos especiais para observações solares e filtro de máscara de soldador nº 14 - não utilizar numeração menor – [Figura 10], mas que não deve ser adaptado em equipamentos astronômicos.

Convém alertar que as crianças sejam acompanhadas de adultos responsáveis e devidamente orientados quanto ao fenômeno e procedimentos de segurança.




Figura 9 –
Câmera escura (Câmera Pinhole, do inglês Pin-Hole = Buraco de Alfinete) como método artesanal para se observar por projeção o Sol e um eclipse solar utilizando uma caixa de papelão ou até de sapato; para melhor contraste, se recomenda pintar internamente de preto e o fundo de branco ou colar uma folha de papel sulfite, cartolina, etc., Para segurança das crianças, adultos responsáveis devem acompanhar a montagem e a utilização, pois podem ser usados acessórios perfuro-cortantes, como tesoura, estilete, etc. Fonte: Adaptado por O. R. Ferreira, out. 2023, a partir de Space Racers, https://eclipsedejulho.com/atividades/camera-escura/

 

 Figura 10 – À esquerda, óculos especial com filtro apropriado para observações de eclipses solares; à direita, filtros nº 14 – não menos! – de máscara de solda proporcionam a segurança necessária à observação solar. Fonte: Google imagens, uso livre.

 

Como os eclipses ocorrem

 Desde as origens da humanidade os eclipses são contemplados e a partir da Antiguidade seus mecanismos começaram a ser compreendidos pelos precursores da Ciência e da Filosofia. Na atualidade, os eclipses ainda possuem importância à Ciência e muita para a Cultura e à Educação.

No século V AEC[1], a projeção circular da sombra da Terra sobre a Lua, quando de um eclipse lunar, demonstrava a esfericidade[2] do planeta e a recorrência regular do fenômeno tornou possível a sua previsão. Aristarco de Samos (310-230 AEC) foi quem primeiro propôs o sistema heliocêntrico por volta de 1.800 anos antes de Nicolau Copérnico (1473-1543), além de criar um método para calcular o real tamanho da Lua. Eratóstenes de Cirene (273-? AEC) foi o primeiro a calcular o diâmetro da Terra com incrível precisão, mesmo para os dias atuais, permitindo com que, no século II EC.[3], Hiparco de Nicéia (150 AEC), considerado o maior astrônomo da Antiguidade, realizasse diversos estudos para determinar os movimentos reais e aparentes dos planetas, do Sol, da Terra e da Lua, além de estabelecer com maior precisão a distância Terra–Lua em termos de raios terrestres.

            A palavra eclipse significa desaparecimento ou ocultação, isto é, torna-se eclipsado algum astro ou objeto encoberto por outro. A Terra orbita ao redor do Sol (tecnicamente se denominando revolução, que se dá em torno do baricentro do sistema Sol-Terra; comumente, translação) e a Lua faz o mesmo em volta da Terra (precisamente, a revolução em torno do baricentro do sistema Terra-Lua). Conclui-se, de maneira simples, que poderá ocorrer a passagem da Lua pelo cone de sombra do planeta projetado no espaço a 1.383.700 km, quando os três astros (Sol, Terra e Lua) se encontrarem ajustados no mesmo plano orbital e ocasionando, conforme o caso, um eclipse lunar parcial ou total (Figura 11) – havendo também o penumbral, porém, não-visível à vista –, considerando que o diâmetro da sombra terrestre aonde a Lua atravessa é de aproximadamente 10.000 km, algo como 2,87 vezes o diâmetro do disco lunar, ou seja, um eclipse lunar acontece somente em período de Lua Cheia. Por outro aspecto, a Terra igualmente pode ser atingida pelo estreito cone de sombra da Lua, quando do ajuste no plano orbital acontecer na ordem Sol, Lua e Terra, ocorrendo, também conforme o caso, um eclipse solar [Figura 11] total, anular, parcial ou híbrido[4] [Figura 12], isto é, ao mesmo tempo anular-total-anular, anular-total ou total-anular; em suma, um eclipse solar acontece somente em período de Lua Nova.



Figura 11 - Quando o Sol, a Terra e a Lua estão ajustados no mesmo plano orbital ocorre, conforme o caso, um eclipse lunar parcial ou total; quando na ordem Sol, Lua e Terra ocorrendo, também conforme o caso, um eclipse solar total, anular ou parcial. Fonte: Google imagens, uso livre.


Figura 12 – Um eclipse solar pode ser total, anular, parcial ou híbrido, que ocorre quando o vértice da sombra projetada da Lua atinge a superfície terrestre em algumas localidades (eclipse solar total) e não em noutras (eclipse solar anular). Ilustração: Mundo Educação.

 

No entanto, por que não se sucedem dois eclipses por mês, um solar na Lua Nova (novilúnio) e outro lunar, na Lua Cheia (plenilúnio)? Ocorre que o plano da órbita lunar possui uma inclinação de 5°9’ em relação ao da órbita terrestre em torno do Sol (do baricentro Sol-Terra), sendo que o plano orbital da Terra é conhecido como eclíptica, pois é nele que acontecem os eclipses. Assim, a Lua sempre se posiciona um pouco abaixo ou acima da eclíptica [Figura 13], não interceptando todos os meses a sombra da Terra para a ocorrência de um eclipse lunar ou projetando sua sombra no planeta, para o cometimento de um eclipse solar. Compreende-se, portanto, que a órbita lunar cruza com a terrestre no plano da eclíptica em dois pontos distintos e diametralmente opostos, os quais são denominados de nodos: nodo ascendente, quando do trânsito da Lua do hemisfério sul para o hemisfério norte, e nodo descendente, quando do trânsito da Lua do hemisfério norte para o hemisfério sul [Figura 14].


 

Figuras 13 (esquerda) e 14 (direita) - A órbita lunar encontra-se inclinada 5°9’ [Figura 13] em relação à eclíptica e isto faz com que a Lua sempre se posicione um pouco acima ou abaixo desta, não permitindo com que a sombra da Terra venha a atingir a sua superfície, quando de um eclipse da Lua, ou a da Lua incidir sobre o planeta, quando de um eclipse solar. Ocorrendo a passagem da Lua ou da Terra por um dos pontos de interseção dos nodos ascendente ou descendente [Figura 14], a sombra de um astro incidirá sobre o outro e ocasionará um eclipse: penumbral, parcial ou total, no caso do lunar; e parcial, anular, total ou híbrido, no caso do Sol. Fontes: CADOGAN, Peter. Lua, nosso planeta irmão. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1985, p. 37 [Figura 13] e Google Imagens [Figura 14].

 

Regressão dos nodos

   Tudo se move no Universo e os nodos lunares não são exceção à regra. Na Antiguidade, os astrônomos caldeus notaram que os eclipses se repetiam com sistemática frequência depois de decorridos 223 meses (18 anos e 10 ou 11 dias, conforme os anos bissextos intercalados), descoberta que provavelmente facilitou a elaboração dos calendários, principalmente os lunares. Esse período de repetições passou a denominar-se de Ciclo de Saros ou Ciclo Caldeu – também conhecido como lunissolar ou de ressonância, significando “repetição” –, com explicação adiante, dele se valendo o filósofo e astrônomo grego-jônico Thalles de Mileto (séculos VII/VI AEC) para determinar o eclipse solar de 28 de maio de 585 AEC, evento marcante pelo fato de levar a terminar a guerra entre lídios e medas, pois os beligerantes julgaram ser um presságio dos deuses, além de se constituir como o registro mais antigo da história sobre o cálculo exato de um fenômeno astronômico.

O Ciclo de Saros é o movimento retrógrado dos nodos ascendente e descendente  [Figura 15], cerca de 19º1/4. Essa retroação completa uma volta depois dos citados 223 meses ou, mais precisamente, 6.585,32 dias (18 anos, 10 dias e 8 horas), após o que o Sol e a Lua voltam a ocupar as mesmas posições no céu em relação aos nodos lunares do período anterior, fazendo com que os eclipses se repitam aproximadamente na mesma sequência, porém, com visibilidade deslocada de 120o para oeste. Nesse tempo de retroatividade poderá haver a sucessão de até 71 eclipses[5] distribuídos em 28 da Lua e 43 do Sol.

 

 

                                   

Figura 15: O polo da órbita da Lua movimenta-se lentamente ao redor do polo da eclíptica. Essa rotação faz com faz com que os pontos dos nodos se desloquem para oeste, completando uma volta depois de 223 meses, o equivalente há dezoito anos e dez ou onze dias, conforme a intercalação de anos bissextos. O intervalo de tempo entre duas passagens da Lua pelo nodo ascendente denomina-se mês draconítico ou nódico, efetuando-se em aproximadamente 27,21 dias. Quando o Sol realiza duas passagens pelo mesmo nodo ascendente denomina-se de ”ano de eclipse”, o que ocorre a cada 346,6 dias. Somente na ocorrência das duas passagens nodais é que pode se suceder um eclipse. Fonte: Google imagens, uso livre.

Superstições e astrobobagens relacionadas aos eclipses

 Quando dos eclipses solares ou lunares, além de outros fenômenos astronômicos (conjunções planetárias, cometas, etc.), surgem as alvissareiras previsões místicas, es(x)otéricas e das malfadadas pseudociências como a astrologia, algo que mais pode ser identificado como astromancia, isto para se evitar usar a palavra charlatanismo. Não se fundamentam os vaticínios ou as afirmações pessimistas – ou mesmo otimistas – que sempre aparecem nessas ocasiões e que constantemente são alardeadas pelos fatalistas de plantão, como possíveis influências sobre os Seres humanos – quaisquer que sejam estas –, guerras, pestes, pandemias, desgraças, fim do mundo, etc.

            Notando na história da humanidade quantos eclipses já ocorreram, tantos solares quanto lunares, será o suficiente para se cientificar que mesmo assim estes não bastaram para justificar, fundamentar ou sustentar quaisquer previsões boas ou de agouros, principalmente relacionadas às mazelas humanas, porque são superstições disseminadas durante milênios, oriundas de uma época em que não se conseguiam encontrar explicações lógicas e científicas para muitos fenômenos da natureza, principalmente relacionados ao céu.

Portanto, em 14 de outubro de 2023, somente haverá mais um eclipse solar oferecendo um maravilhoso e inesquecível espetáculo.

 

Polo Astronômico de Amparo/SP e o Museu Aberto de Astronomia (MAAS) com programações especiais pelo eclipse solar de 14 de outubro de 2023

  Em 14 de outubro, o Polo Astronômico de Amparo [Figura 16] abrirá ao público das 14h00 às 18h00 para oferecer explicações, simulações no Planetário “Prof. Romildo Póvoa Faria” e observação do fenômeno, mas estas condicionadas ao tempo sem nebulosidade ou chuvas. Os ingressos limitados devem ser adquiridos somente pela internet em www.poloastronomicoamparo.com.br

 

 

Figura 17 - Museu Aberto de Astronomia (MAAS), Campinas/SP, com programação especial pelo Eclipse Solar de 14 de outubro de 2023. Fonte: Arquivo MAAS; https://museuabertodeastronomia.com.br/astronomia-diurna
 
Em Campinas, o Museu Aberto de Astronomia-MAAS [Figura 17] realizará a observação do Eclipse Solar com telescópios equipados com filtros solares, além de disponibilizar aos visitantes filtros exclusivos para proporcionar observações sem riscos. Os ingressos para a atividade “Astronomia Diurna” devem ser adquiridos em https://museuabertodeastronomia.com.br/astronomia-diurna, porém, informando que qualquer observação astronômica está condicionada às condições meteorológicas favoráveis.

 

 Transmissão em tempo real do Eclipse Anular do Sol pelo Observatório Nacional do Rio de Janeiro

 
Participando de parceria internacional com a Time and Date e a National Aeronautics and Space Administration (NASA),  o Observatório Nacional (ON/MCTI) do Rio de Janeiro transmitirá em tempo real o Eclipse Solar Anular, desde o início na costa oeste do Estados Unidos da América (EUA), às 11h30, horário de Brasília, até o final no leste brasileiro, às 17h30, perfazendo seis horas de transmissão pelo canal do ON no YouTube, em:


Figura 18 – O Observatório Nacional (ON/MCTI) em parceria internacional com Time and Date e a NASA, transmitirá em tempo real a partir das 11h30 o Eclipse Anular do Sol desde incío no oeste dos EUA até o final, às 17h30, no leste do Brasil,  Fonte: Observatório Nacional (ON/MCTI), Time and Data, NASA e YouTube.

 Os parceiros internacionais fornecerão as imagens quando o eclipse estiver sucedendo nos EUA, América Central e Colômbia. Depois, quando a sombra da Lua alcançar o Brasil, os astrônomos brasileiros passarão a ceder as imagens aos parceiros.

                                                                                           
                                                                                  Indicações 
                                                                                  Mr. Eclipse, by Fred Spena

                               www.eclipsewise.com/solar/SEprime/2001-2100/SE2023Oct14Aprime.html
                                                                           Museu Aberto de Astronomia (MAAS)
                                                     https://museuabertodeastronomia.com.br/astronomia-diurna/
                                                                               NASA - Eclipse Web Site
                                                https://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEgoogle/SEgoogle2021.html
                                                             NASA, 2023 Annular Eclipse: Where & When
                                    https://science.nasa.gov/eclipses/future-eclipses/eclipse-2023/where-when/
                                                                      Observatório Nacional/MCTI
                                                           www.youtube.com/watch?v=SoS0tV61z9Y

                                                     Polo Astronômico de Amparo
                            www.poloastronomicoamparo.com.br/product-page/eclipse-parcial-do-sol-meia                                                                                                                     Time and Date                                                                                                                                  www.timeanddate.com/eclipse/solar/2023-october-14

 

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O Prof. Dr. Orlando Rodrigues Ferreira é astrônomo pesquisador em Educação Científica, jornalista e professor; Doutor em Ensino de Ciências e Matemática; Mestre em Ensino de Ciências; pós-graduado em Astronomia; licenciado em Filosofia; pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Ciência, Tecnologia e Sociedade (NIEPCTS) da Universidade Cruzeiro do Sul; sócio efetivo da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Sociedade Brasileira de Astrobiologia (SBAstrobio); sócio profissional da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC); astrônomo colaborador do Polo Astronômico de Amparo; jornalista (MTB86.736/SP), comentarista colaborador da Rádio Difusora Ouro Fino; empreendedor em Astronomia, Ciência, Educação e Cultura com a MEI Astromóvel© & Observatório das Alterosas©.
*Os conteúdos e eventuais opiniões apresentadas nas Colunas da Difusora são de inteira responsabilidade dos respectivos colunistas.
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