A Importância da Arte - Parte 2: O rosto de Cristo
A IMPORTÂNCIA DA ARTE – PARTE 2: O rosto de Cristo
Maneco de Gusmão
Depois da grande experiencia humana, quando os primatas fizeram o primeiro gesto intelectual humano que foi a arte, ou seja, a pintura nas cavernas, as imagens passaram a ser suportes alegóricos de uma natureza mágica para a criação de nossa civilização e talvez mesmo das religiões.
Devemos partir do conceito que toda religião foi uma seita que deu certo e que não existe civilização sem religião. Por exemplo, a ideia de Cristo, o Messias nasceu com os judeus e do antigo testamento e a partir da criatividade e necessidade humana foi forjado um ser mitológico. Perfeito, sem mácula, que não ria, não chorava. Não comia e não fazia suas necessidades básicas. Um ser que ficou longo tempo desaparecido e que voltou fazendo milagres e foi crucificado. Tudo isto acrescido pela palavra, histórias que se tornaram cada vez mais fortes. O cristianismo foi crescendo e depois de 200 anos foi aceito por Constantino, Imperador de Roma e sua mãe Helena, que juntos a um concilio religioso resolveram dar uma imagem ao Cristo. Chamaram os artistas para criarem uma imagem que conhecemos até os dias de hoje. Um homem branco de olhos e cabelos claros, baseado na imagem do homem Europeu contrariando a origem de Cristo, que era sua origem judia. Centenas de quadros foram feitos contando a vida e feitos de jesus e sua descendência. Quadros estes que foram reproduzidos e espalhados por centenas, milhares de igrejas e capelas por todo o mundo. Difundindo desta maneira o cristianismo aos homens e mulheres da época que não sabiam ler, ou seja, a arte foi o principal elemento na difusão da fé cristã. Não existe texto religioso sem arte que o acompanhe.