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Terça, 07 de Março de 2023 12:00

A Importância da Arte - Parte 2: O rosto de Cristo

 

 

A IMPORTÂNCIA DA ARTE – PARTE 2: O rosto de Cristo

                              Maneco de Gusmão

 

Depois da grande experiencia humana, quando os primatas fizeram o primeiro gesto intelectual humano que foi a arte, ou seja, a pintura nas cavernas, as imagens passaram a ser suportes alegóricos de uma natureza mágica para a criação de nossa civilização e talvez mesmo das religiões.

Devemos partir do conceito que toda religião foi uma seita que deu certo e que não existe civilização sem religião. Por exemplo, a ideia de Cristo, o Messias nasceu com os judeus e do antigo testamento e a partir da criatividade e necessidade humana foi forjado um ser mitológico. Perfeito, sem mácula, que não ria, não chorava. Não comia e não fazia suas necessidades básicas. Um ser que ficou longo tempo desaparecido e que voltou fazendo milagres e foi crucificado. Tudo isto acrescido pela palavra, histórias que se tornaram cada vez mais fortes. O cristianismo foi crescendo e depois de 200 anos foi aceito por Constantino, Imperador de Roma e sua mãe Helena, que juntos a um concilio religioso resolveram dar uma imagem ao Cristo. Chamaram os artistas para criarem uma imagem que conhecemos até os dias de hoje. Um homem branco de olhos e cabelos claros, baseado na imagem do homem Europeu contrariando a origem de Cristo, que era sua origem judia. Centenas de quadros foram feitos contando a vida e feitos de jesus e sua descendência. Quadros estes que foram reproduzidos e espalhados por centenas, milhares de igrejas e capelas por todo o mundo. Difundindo desta maneira o cristianismo aos homens e mulheres da época que não sabiam ler, ou seja, a arte foi o principal elemento na difusão da fé cristã. Não existe texto religioso sem arte que o acompanhe.

Colunista
Emanuel de Gusmão dito Maneco de Gusmão é artista plástico estilo barroco contemporâneo. Nasceu em Ouro Fino e desde jovem desenvolveu seu lado artístico. Já em São Paulo, estudou Artes, conviveu com artistas e participou de várias exposições. Foi também professor de pintura na Penitenciária de São Paulo e nas prisões da França de Fleuris Merojis e Bois Darcy, país para o qual se mudou em 1990 e onde morou por 14 anos. Na Europa participou de exposições em alguns países e atuou como artista e professor. De volta a Ouro Fino criou a Caixa Preta, uma obra de arte utilitária: casa, atelier e galeria de arte, onde vive literalmente dentro da Arte.
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