Clube da Esquina: Amor, Poesia e Amizade
Lançado em março de 1972, o álbum Clube da Esquina é o resultado de uma amizade sólida e verdadeira entre Lô Borges e Milton Nascimento. E foi responsável por dar uma nova identidade para a música mineira tornando-se um clássico da música popular brasileira. Clube da Esquina aparece em 7º lugar na lista dos álbuns mais influentes da MPB, pela revista Rolling Stone. Tão importante como a lista da Rolling Stone, este álbum foi recentemente eleito o mais importante da música brasileira, em uma votação envolvendo mais de 500 críticos musicais.
Este clássico revelou também toda a musicalidade de Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Wagner Tiso, e claro, toda poesia de Márcio Borges e Fernando Brant. Qualidades que podem ser notadas em músicas como: Tudo o que você podia ser, O Trem Azul e Um Girassol Da Cor de Seu Cabelo. O álbum também possui uma veia política pulsante tendo a música Nada Será Como Antes tornado um hino contra o regime militar. Sem falar na incrível Trem de Doido, que ajudou a expor o que acontecera no hospício de Barbacena/MG nos anos de 1900.
Foto tirada em 1971 na cidade de Diamantina/MG. Lô Borges, Fernando Brant, o então presidente JK (Juscelino Kubitschek), Márcio Borges e Milton Nascimento.
O álbum também é lembrado pela sua clássica capa, feita pelo fotógrafo Carlos da Silva Assunção Filho: a imagem representa toda a simplicidade do povo brasileiro e principalmente, a do povo mineiro, na visão de duas crianças na beira de uma estrada de terra. As crianças no caso são: Antônio Carlos Rosa de Oliveira "Cacau" e José Antônio Rimes "Tonho".
Após cinquenta anos de seu lançamento, Clube da Esquina continua relevante e um disco obrigatório na formação musical e cultural de toda pessoa apaixonada por música. E se você, por algum motivo qualquer, ainda não conhece essa obra-prima da MPB, faça esse favor para você mesmo e para a sua mente, ouça Clube Da Esquina. Tenho a certeza de que a sua vida vai ser mais alegre e cheia de poesia.
Esquina das Ruas Paraisópolis e Divinópolis no bairro de Santa Teresa, em Belo Horizonte, onde tudo começou.